O tempo continua a ser um túnel para o mistério. O verso do poema lembra que a vida é sempre agora, mas o avesso da página tece no presente as memórias. Como um retrato do mar e a impressão do movimento, o tempo é a fábula do infinito, o inatingível.
Essa fronteira líquida, entre o real e o silêncio do inesperado, constrói uma espécie de ampulheta que derrama as urgências do coração humano. Neste livro sensível e delicado, escrito por Penélope Martins e Roseana Murray, a poesia murmura um pergaminho para que as pessoas se reconheçam na ternura de um abraço.



